FÓRUM PRÓPRIO

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

PARABÉNS AGENTES !


Agentes penitenciários, policiais e delegados realizam protestos

Por: LUZIA SANTOS

Fonte: http://jornaldaparaiba.globo.com/
Vários protestos marcaram a manhã de ontem na capital paraibana. A praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção, no Centro, foi palco de três manifestações que envolviam questões de segurança pública. Agentes penitenciários aprovados no concurso público de 2008 reivindicaram a convocação imediata para os cursos de formação e a efetiva contratação dos candidatos. Em paralelo, os delegados e os policiais civis realizaram uma manifestação conjunta que marcou, respectivamente, o 15º e o 14º dia de greve. A expectativa de que um caixão simbolizando a segurança pública seria queimado em plena praça pelos grevistas não foi consumada.
Apesar da suspensão da queima por parte dos grevistas, os agentes penitenciários concursados levaram para a praça um caixão representando a “palavra do homem público”. Segundo Nicácio Cordeiro de Lima, um dos representantes da Comissão dos Concursados, a intenção foi mostrar para a população que os concursados receberam do governo estadual a promessa de convocação para os cursos de formação, mas a promessa não fora cumprida e o prazo dado já se expirara.
“O secretário de administração penitenciária, Roosevelt Vita, garantiu que até 14 de setembro iria convocar mais 300 candidatos para os cursos de formação. Até agora, ninguém foi chamado. Temos 1,4 mil candidatos aprovados esperando a convocação e a efetiva contratação”, informou Nicácio Cordeiro. O concurso teve validade de dois anos e pode ser prorrogado por mais.
O coordenador da Pastoral Carcerária em João Pessoa, o padre João Bosco, também apoiou a mobilização. “O sistema penitenciário na Paraíba está caótico. A reivindicação dos concursados é justa importante”, destacou.
Já os delegados e os policiais civis realizaram um protesto para pedir melhoria salarial. Cláudio Lameirão, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados da Polícia Civil (Adepdel), revelou que apesar do governador José Maranhão ameaçar pedir a ilegalidade da greve a categoria está aberta ao diálogo e às negociações. “Se o governador pedir a ilegalidade será uma demonstração de que não gosta do servidor policial, já que a categoria de defensores públicos está em greve há mais de 60 dias e ele não recorreu desta medida”, afirmou.
O presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol), Flávio Moreira, também reuniu a categoria em frente ao palácio. Ele explicou que a categoria resolveu permanecer em greve por tempo indeterminado e que a adesão é quase de 100% dos servidores. “Estamos mantendo apenas o mínimo de 30% de servidores no atendimento à população. A categoria está unida e está aderindo à greve em todo o Estado”, declarou.
O secretário de segurança pública, Gustavo Gominho, questionado sobre o andamento das negociações com os grevistas alegou que também está aberto ao diálogo, mas as decisões referentes ao aumento salarial é de responsabilidade da equipe econômica do governo estadual.
RABECÃO QUEBRADO
Além de enfrentar os problemas decorrentes da paralisação dos servidores, a população precisou encarar a precariedade dos serviços. Para se ter uma ideia, os dois veículos usados para os transportes de corpos para a Gerência de Medicina e Odontologia Legais (Gemol) estavam quebrados, na manhã de ontem. Na ausência do rabecão, foi preciso contratar os serviços de empresas funerárias para remoção de três pessoas assassinadas entre a noite da terça-feira e a madrugada de ontem. Segundo funcionários do órgão, é comum a quebra de veículos que além de velhos também atendem a todos os municípios da Grande João Pessoa e até do litoral sul e norte.

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